terça-feira, 4 de junho de 2013

     "A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde ".
                                                                                                     André Maurois




Depoimentos sobre leitura e escrita



          Comecei a descobrir o gosto pela leitura e a escrita na escola. Naquela época não existia a tecnologia, tínhamos que fazer pesquisas em livros, enciclopédias, jornais, revistas, além de ler livros literários para a prova e resumir.  Sempre frequentava a biblioteca da escola, adorava pesquisar livros, ler a contracapa, ler gibis. Quando estudava as próprias editoras de livros realizavam uma exposição, momento no qual podíamos folhear os livros, ter contato e compra-los. Também vendia, trocava ou comprava livros, na feira de livros que tinha na escola. Foi uma época muito gostosa de viver.
       Ao ler e ouvir os depoimentos de personalidades, concordo plenamente com o que Marilena Chauí afirma: “ o livro abre portas para um mundo novo”. Ao ler desenvolvemos a imaginação (viajamos), a criatividade, enriquecemos o vocabulário, interpretação, a escrita, fazemos descobertas de culturas, entre outros. 

                                            Graciella Malacrida Saito Coutinho


  

       Minha experiência mais marcante com a leitura acontecia quando criança, e o meu interesse à essa prática era praticamente restrito aos inúmeros gibis da "Turma da Mônica", escrito e desenhado pelo grande cartunista Maurício de Sousa. Cebolinha, Cascão, Mônica, Magali e companhia, ainda estão presentes na leitura diária de muitas crianças, que de forma simples e divertida, me conquistou. Cada capítulo lido era como se o tempo parasse, eu "devorava" um à um.
         A leitura nos tornam mais críticos e o que ocorre ao nosso redor é compreendido com maior clareza e sensatez. "O texto toca na sua essência e detona tantas idéias e fantasias que se torna parte de sua vida." Esse relato feito pelo arquiteto e artista plástico Newton Mesquita, resume bastante o meu depoimento.

Everton Dutra Colodetti




           Tornar aulas de matemática momentos de leitura através de novas estratégias de trabalho deve ser considerado uma meta a atingir para nós professores, em todas as séries escolares, pois só assim  criaremos oportunidades para que todos os alunos desenvolvam habilidades imprescindíveis para o aprendizado matemático. 
        Em uma das primeiras ATPCs desse ano na minha escola SEDE (Filomena), tivemos uma orientação pedagógica em que vivenciamos a leitura de um conto logo no início na reunião. Antes mesmo dessa leitura, ao citar o título do conto, fomos induzidos a imaginar qual seria assunto a ser abordado e daí em diante começou uma série de discussões sobre o "possível assunto" referente ao título. No final, ninguém havia acertado sobre a verdadeira história que ali continha, no entanto, despertou o interesse dos professores que ali se encontraram e em seguida, foi proposto que nas próximas ATPCs cada professor trouxesse a leitura de algo qualquer e compartilhasse com os demais. Isso, sem dúvida, foi e está sendo uma sugestão positiva e excitante, pois quando não é um professor que lê um conto envolvendo o machismo do homem perante a mulher, é a professora instigando os afetos pela mulher e a rigidez do homem. É um diálogo excepcional, extraordinário. 
        Agora, mesmo sendo professora de Matemática das séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, logo no início da aula faço uma pequena leitura com os alunos de um conto, fábula, notícia ou qualquer outra coisa interessante aos ouvintes da sala, lógico que no começo eles estranharam pelo fato de não ser professora de português, mas logo eles mudaram essa ideia e consequentemente, o conteúdo matemático está mais atrativo e instigador, é uma verdadeira mistura de operações matemáticas, lógica e história.
        O ato de ler é reconhecidamente importante. Entretanto, no âmbito escolar, o aluno não resolve um problema matemático com enunciado por não saber interpretá-lo. Muitos alunos têm baixo desempenho em provas de qualquer disciplina, depois de terem estudado no assunto, justamente porque não entenderam, ou entenderam errado o solicitado. A culpa do insucesso do aluno, geralmente, é atribuída à falta de leitura.
        De fato, cabe a nós professores incentivar, orientar e praticar a escrita, leitura e interpretação de diversos textos em sala de aula, promovendo a interdisciplina com os nossos alunos. Tornar aulas de matemática momentos de leitura através de novas estratégias de trabalho deve ser considerado uma meta a atingir pelo professor, em todas as séries escolares, pois só assim criaremos oportunidades para que todos os alunos desenvolvam habilidades imprescindíveis para o aprendizado matemático


Edilaine C Lima Silva





          Enquanto fazia a leitura e ouvia os depoimentos sugeridos, fiquei pensando em minha trajetória com a leitura e a escrita. Aos poucos algumas recordações vieram à tona.

         Toda minha vida escolar, do Ensino Fundamental a Graduação, foi em Campinas, SP.  Nesta cidade, na década de 70 e talvez ainda no início da década de 80 (não me lembro exatamente) era costume a venda de livros através de vendedores ambulantes. Batiam de porta em porta ou apresentavam as coleções e os folders nas escolas e, nós alunos, levávamos a proposta de compra para os pais.

       Desta forma, meus pais adquiriram livros de diferentes gêneros literários: livros de histórias clássicas infantis_ Contos e Fábulas, Manuais do professor Pardal, Gibis (Turma da Mônica, Tio Patinhas etc), Coleções de Machado de Assis, de José de Alencar,  de Monteiro Lobato, diferentes Atlas Geográficos, Coleção Barsa para pesquisas, Coleção de Matemática Moderna etc.

        Com todo esse material disponível em casa eu e meus irmãos pudemos: imaginar, sonhar, criar, conhecer, aprender e, enfim, penso que este foi o pontapé inicial para o que somos hoje.


Edméa Aparecida Rocha Silva Raboni




          Recordar os momentos com as experiências vividas no mundo da leitura e escrita dá um grande prazer. Ah, quanta saudade!
          Eu ficava encantada a cada descoberta. Me lembro como se fosse hoje, tudo parecia ser mágico. Lembro da professora com muito carinho, pois era uma pessoa muito atenciosa, que corrigia os cadernos todos os dias e escrevia: Lindo! Maravilhoso! Excelente! Foi muito bom e que no final do bimestre dava presentes para os melhores d turma. Imaginem que presente era esse? Livrinhos de histórias. Eu adorava, pois eu era uma das ganhadoras do mimo e aquilo me motivava ainda mais no capricho dos cadernos e livros. Quanta saudade!
        Já no ensino fundamental e médio, como hoje é dito, conheci mundos iguais ou até diferentes do meu, expressei sentimentos através dos livros que tive oportunidades de ler, tais como: O Caso da Borboleta Atíria, Alice no País das Maravilhas, A Ilha Perdida, Dom Casmurro, Vidas Secas entre outros, em que a professora solicitava a leitura para nota bimestral. De cada um dele resta uma impressão e uma memória.
             Hoje como professora, oriento e incentivo meus filhos: Guilherme e Gustavo, e também todos alunos que tenho sobre a importância da leitura em nosso dia-a-dia, visto que a prática da leitura nos leva a desvendar lugares e culturas desconhecidas, personagens que agem como agimos na realidade, fazendo com que o leitor desenvolva as habilidades de escrita, da fala e da imaginação.

Flora  Katsue Sakata Uyema



A escrita é algo tão valioso como a pureza de uma criança.  Ao me recordar de minhas primeiras leituras sinto-me enriquecido pelas experiências que elas me proporcionaram. Lembro-me de ler muitos gibis,mas o que eu gostava era a leitura feita pela minha mãe foi assim que comecei assimilar a escrita com o fatos que ocorriam nas historinhas de gibis e a história que eu  mais gostava eram os do Chico Bento. Uma lembrança que me vem à mente é que quando "aprontava uma arte" era colocado de castigo por minha mãe em meu quarto e a leitura me fazia companhia, o castigo era ficar lendo as revistas do Chico Bento. e depois contar o que dizia aquela história. Claro que eu adorava.

Daniel Henrique Grego Correia



A minha experiência com a leitura começou com a minha alfabetização, que foi feito com a cartilha “Caminho Suave”. Não tive dificuldades para começar a ler. O que me despertou para o hábito leitura foi à cobrança que sempre tive da professora primária D. Terezinha, pois eu tinha que ir bem aos estudos já que minha mãe lecionava na mesma escola sendo Professora do Ciclo Básico. Através disso fui adquirindo o hábito de estudar e ler. Sempre tive admiração com as palavras, gosto muito de ler e escrever, pois o aprendizado é contínuo. Leio porque me auxilia na concentração e no conhecimento de todos os assuntos, principalmente os atuais e recentes, um leitor dinâmico está sempre receptivo a toda leitura a fim de praticar o exercício diário da paciência, reflexão, compreensão e escrita a qual, juntamente com a leitura, transforma o ser humano.
Dulceli Aparecida Faleiros Gil

Nenhum comentário:

Postar um comentário